Não é fácil crescer. Digo, ter que se adaptar as mudanças,
com os novos colegas, nova série, novos professores, novo mundo. A cada ano
isso acontece e vou confessar a você que não gosto muito disso. Até gosto, mas
vem tudo tão depressa que é meio difícil se adaptar rapidamente, sabe? Quando
eu era menorzinha, queria muito crescer -e quero muito ainda que eu sei- e ter várias responsabilidades, uma
delas era -era não, é- andar sozinha.
Admito que não é ruim poder fazer algumas coisas só. Ter “meia-independência”
porque só a temos cem por cento só aos dezoito né? Mas confesso que ter a tal meia-independência é bom. Sinceramente?
Minha vontade de crescer e conhecer todo esse mundo só cresce dentro de mim.
Brinquei até os dez e depois larguei as bonecas e comecei a
pedir pra minha mãe um celular. Até onde eu sei minhas amigas da escola já
tinham todo tipo de tecnologia e eu era meio lerda pra isso. Gostava das minhas
bonecas e das minhas panelinhas.
Não acredito muito nessa de influência. Acredito que cada um
faz aquilo que quer, sabe? As histórias legais ajudam e tal, mas nada dessa de fazer a cabeça do outro. Claro que uma
criança de onze anos não consegue pensar direito, mas uma de doze já sabe de um
a três por cento mais que ela, não? Acho que sim.
Eu acho que independente da minha idade, eu nunca vou estar
cem por cento preparada para a mudança de número a cada vez que eu for
preencher uma ficha seja de onde for. Mas eu sei que consigo me adaptar. Aos
pouquinhos, devagarinho...
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