Não vou dormir. Nem conseguiria dormir se quisesse. Essas
idéias todas bagunçadas na minha cabeça vão saltar me deixar louca se eu não as puser
para fora a. Preciso colocar meus sentimentos em ordem e tentar ser um pouco mais
objetiva. Mais confiante. Menos orgulhosa.
Oh! Tantas coisas em que preciso ser um pouco mais ou um
pouco menos.
Quero ser corajosa. Enfrentar sem medo tudo de ruim que vejo
pela frente. Não posso. Sou incapaz de estar cara a cara com o medo iminente. O
máximo que posso fazer é dá um passo para trás e pronto! Tudo resolvido. Estou
à salva! Mas até quando?
Por mais que meu medo seja muito maior que minha coragem,
não posso esquecer as pessoas que posso ajudar. Das pessoas que se humilhariam
para mim por um trocado ou um simples pedaço de pão. Não consigo. É mais forte
do que eu. Não posso não ser sincera comigo mesma. As coisas estão cada vez
mais fáceis e assim, cada vez mais difíceis. O mundo precisa cada vez mais de
ajuda. E não estou me referindo apenas as inovações tecnológicas. Me refiro as
pessoas que sofrem dia e noite. As mais fracas não conseguem suportar por muito
tempo e acabam...
Pensar em tudo isso me deixa um tanto quanto desagradável.
Não posso viver apenas de alegrias e fantasias de um mundo
perfeito. Existe gente sofrendo lá fora e que precisa muito de ajuda. Certo de
que se for me preocupar com cada problema do mundo, vou viver perturbada. Mas
isso não significa que eu tenha que virar as costas e deixar que o mundo se
acabe. Não depender só de mim, eu sei. Mas e se eu fizer o possível? E Felipe também? Acho que posso contar até mesmo com Hugo. E se todo o mundo pensasse
assim? Tem milhares de maneiras de ser impossível, mas não improvável.
Terminei de ler a trilogia Jogos Vorazes agora à pouco.
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