quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Do lado de fora



Não vou dormir. Nem conseguiria dormir se quisesse. Essas idéias todas bagunçadas na minha cabeça vão saltar me deixar louca se eu não as puser para fora a. Preciso colocar meus sentimentos em ordem e tentar ser um pouco mais objetiva. Mais confiante. Menos orgulhosa.

Oh! Tantas coisas em que preciso ser um pouco mais ou um pouco menos.

Quero ser corajosa. Enfrentar sem medo tudo de ruim que vejo pela frente. Não posso. Sou incapaz de estar cara a cara com o medo iminente. O máximo que posso fazer é dá um passo para trás e pronto! Tudo resolvido. Estou à salva! Mas até quando?

Por mais que meu medo seja muito maior que minha coragem, não posso esquecer as pessoas que posso ajudar. Das pessoas que se humilhariam para mim por um trocado ou um simples pedaço de pão. Não consigo. É mais forte do que eu. Não posso não ser sincera comigo mesma. As coisas estão cada vez mais fáceis e assim, cada vez mais difíceis. O mundo precisa cada vez mais de ajuda. E não estou me referindo apenas as inovações tecnológicas. Me refiro as pessoas que sofrem dia e noite. As mais fracas não conseguem suportar por muito tempo e acabam...

Pensar em tudo isso me deixa um tanto quanto desagradável.

Não posso viver apenas de alegrias e fantasias de um mundo perfeito. Existe gente sofrendo lá fora e que precisa muito de ajuda. Certo de que se for me preocupar com cada problema do mundo, vou viver perturbada. Mas isso não significa que eu tenha que virar as costas e deixar que o mundo se acabe. Não depender só de mim, eu sei. Mas e se eu fizer o possível? E Felipe também? Acho que posso contar até mesmo com Hugo. E se todo o mundo pensasse assim? Tem milhares de maneiras de ser impossível, mas não improvável.


Terminei de ler a trilogia Jogos Vorazes agora à pouco.

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