terça-feira, 5 de novembro de 2013

Voltar ao passado para concertar os erros?


Enquanto bebia meu chocolate gelado e ouvia músicas da Fergie, fiquei pensando em uma teoria interessante e que talvez pudesse existir: a viagem no tempo. Sei que parece estranho, mais se Albert Einstein acreditava que era possível teoricamente, por que não? Só que Albert acreditava na volta no tempo por meio de uma cápsula. Por quê ele queria tentar voltar no tempo? Talvez ele tivesse cometido erros e queria desfaze-los. Ou não.

Mas vou tentar voltar no tempo de uma forma mais simples; na mente. É possível voltar no passado com a mente. Não dá pra lembrar-se de todos nossos feitos, obviamente. Entretanto, tenho certeza de que consigo lembrar alguns fatos importantes ou mesmo engraçados na minha vida. Quais? Vê só.

Voltamos ao primário, quando eu tinha apenas seis anos de idade. Na escola havia uma colega de classe que não ia muito com a minha cara, apesar de sermos pequenas ainda. Ela não falava comigo e quando fazíamos rodinhas de brincadeiras em que eu estava presente, ela saia da brincadeira. Como eu ia dizendo, a menina não dirigia a palavra a mim. Certo dia, passei pela carteira dela e, sem querer (querendo), esbarrei no estojo rosa que ela tinha. Arrependi-me. A menina abriu o berreiro no meio da classe. Disse que eu tinha feito aquilo de propósito e que eu iria me arrepender de ter feito aquilo. Foi preciso a professora ter que chamar a mãe dela para fazer ela se acalmar.

Quando a mãe da menina chegou e soube de tudo, veio conversar comigo e perguntar por que eu tinha feito aquilo. Como fui ensinada a ser educada, respondi que foi sem querer e pedi desculpas. Depois da lamentável desculpa, a mãe da menina falou com uma voz seria que não queria mais ouvir falar naquilo. . Imagina. Tudo por que derrubei o estojo de uma menina que não ia com a minha cara.. Isso foi no finalzinho do ano, depois Maria Clara mudou de escola e eu nunca mais soube dela. Até hoje, não entendo o porquê daquela cisma comigo.

Depois dessa parte da minha vida, cheguei ao 8º ano. A época em que eu estava começando a abrir os olhos para a vida adolescente. Na minha nova escola, iria ter um baile para uma boa recepção dos calouros. Eu fiquei metade empolgada e metade triste. Empolgada porque nera a primeira vez que ia em um baile e triste porque não conhecia absolutamente ninguém da nova escola e, provavelmente, ficaria sozinha durante o baile todo. 

No dia da festa, com um vestido novo, sandália nova e um cabelo e maquiagem feitos em salão, me senti arrasando. Quando cheguei ao tal baile, era apenas uma danceteria em que os veteranos iriam beber refrigerantes comer alguns petiscos e conversar com os calouros. E imagina o traje do pessoal: shortinho e blusa de manga. Quando vi aquilo da porta mesmo, apenas dei meia volta e segui em direção ao carro da minha mãe. Nunca mais fui a nenhuma festa que tinha como nome “baile” sem antes me informar sobre os trajes que seriam usados.

Agora estamos no ensino médio, umas das fases que já paguei mais micos. Desse episódio da minha vida me lembro muito bem. Eu tinha 16 anos e estava em uma festa de quinze anos de uma amiga minha. Eu era uma das quinze que iriam dançar para homenagear a debutante. O meu par era um garoto desastrado que não tinha comparecido á todos os ensaios. Cada uma das dançarinas tinha que segurar uma vela que teria que ser apagada pelo seu par. Acontece que na vez do meu par apagar a vela, ele a derrubou no meu vestido e eu saí feito uma louca gritando na festa. Mais o que eu podia fazer? A minha sorte era que o vestido tinha um tecido grosso e assim não chegou a queimar meu corpo. Não havia queimado muito do vestido, foi apenas um susto. Voltei à arena de dança e comecei agir normalmente, como se nada tivesse acontecido. No final, deu tudo certo e minha amiga teve a festa que merecia, apesar dos pesares.

Um dia desses, em meio a conversas sem sentido, um amigo meu perguntou se eu voltaria ao passado para consertar meus erros. Falei que sim, se tivesse a chance, voltaria sem pensar duas vezes. Mas hoje, vejo que que não é bem assim. A vida não vem com um manual de instruções e por isso não somos obrigados a agir certo sempre. Se pensarmos bem, veremos que não valeria de nada voltar lá atrás e concertar nossos erros. Somos seres humanos e sempre vamos errar em algo, então, se voltássemos no tempo e concertasse tudo de errado que fizemos, no futuro iriamos cometer outros erros e assim seria pra sempre. Não iríamos rir das nossas besteiras e muito menos, crescer e amadurecer. Siga em frente e deixe o que passou, lá atras. 


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